O CONCEITO DE FAMÍLIA
Grande parte da perda de valores a que se assiste na nossa sociedade vem da falência da transmissão dos mesmos por parte dos progenitores.
Os jovens hoje em dia revelam atitudes materialistas e individualistas, muitos crescem sem grande afecto, divididos entre pais divorciados ou que simplesmente não comunicam entre si; adicionalmente, o mundo está cada vez mais violento sendo a violência até demasiado visível através da comunicação social.
Os jovens têm ainda que lutar para progredir socialmente de forma totalmente distorcida já que os seus objectivos são definidos tendo como referência o sucesso profissional e a posse de sinais exteriores de riqueza, a que muitos chamam “o sonho americano”.
Recordo ainda que Portugal é um dos países da Europa onde as mulheres têm tido uma evolução mais rápida e mais forte tanto em termos sociais como de mentalidade. A par da Dinamarca temos uma das mais elevadas percentagens de mulheres activas no entanto paradoxalmente temos indicadores sociais dos mais baixos da Europa.
Para muitas mulheres a opção pela educação e acompanhamento dos filhos é sinónimo de abdicar de importantes expectativas como ter uma carreira.
Urge criar incentivos aos empregadores para que proporcionem quer ao pai quer sobretudo à mãe, condições para que, paralelamente ao desenvolvimento de uma carreira profissional, se permita um adequado acompanhamento e apoio aos filhos.
Só assim se poderá evitar a nociva desagregação familiar e evitar ter que optar por um dos dois campos quando se pretender conciliar ambos.
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